A piora nas contas externas foi influenciada principalmente pela queda de US$ 3 bilhões no superávit comercial, causada pela redução de 6,9% nas exportações. Além disso, os déficits em serviços e renda primária aumentaram, contribuindo para o resultado negativo. A renda secundária também passou de superávit para déficit, com uma variação de US$ 81 milhões.
Em relação aos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes totalizou US$ 40,148 bilhões, representando 1,79% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar do cenário preocupante, o déficit externo está sendo financiado por capitais de longo prazo, em especial pelos investimentos diretos no país. Em maio, os investimentos diretos atingiram a marca de US$ 3,023 bilhões.
O setor de balança comercial registrou um superávit de US$ 6,357 bilhões em maio de 2024, apesar de uma redução de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações de bens totalizaram US$ 30,676 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 24,319 bilhões. Um destaque importante foi o crescimento dos criptoativos, que representaram US$ 1,476 bilhão em importações.
No setor de serviços, o déficit atingiu US$ 4,482 bilhões em maio, com uma alta de 38,9% em relação a 2023. O aumento nos serviços de telecomunicações, computação e informações foi um dos principais impulsionadores desse resultado.
Por fim, os investimentos diretos no país apresentaram uma queda na comparação interanual, totalizando US$ 3,023 bilhões em maio. No entanto, o Banco Central prevê que esses investimentos devem atingir a marca de US$ 70 bilhões em 2024, o que pode contribuir para o financiamento do déficit nas contas externas. Com um estoque de reservas internacionais de US$ 355,560 bilhões em maio de 2024, o país busca manter sua estabilidade econômica diante dos desafios do cenário global.