As Forças Armadas estão mobilizadas para auxiliar no combate aos incêndios que assolam a região do pantanal. Seis helicópteros e dois aviões foram disponibilizados para as operações, sendo avaliada a possibilidade de incluir mais equipamentos. Além disso, duas bases de apoio foram criadas e 500 combatentes foram destacados para as ações.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou que o bioma enfrenta uma das piores situações já vistas, classificando a situação como “fora da curva”. As declarações foram feitas após uma reunião da sala de situação para enfrentamento dos incêndios, no Palácio do Planalto.
De acordo com a ministra, a seca na região é a maior dos últimos 70 anos e o fenômeno é incomparavelmente maior do que a capacidade humana de contê-lo. A falta de apoio aéreo foi destacada em uma reportagem da última sexta-feira, evidenciando a dificuldade dos brigadistas em controlar as chamas.
As ações para combater os incêndios contam com o apoio de diferentes ministérios, como o da Justiça, Defesa, Indústria, entre outros. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, ressaltou que não faltarão recursos para as operações, mas com responsabilidade na gestão orçamentária.
A gravidade da situação levou o estado de Mato Grosso do Sul a decretar situação de emergência. Os focos de incêndio no pantanal em 2024 atingiram um recorde para o mês de junho, com 733 focos registrados apenas nos 12 primeiros dias do mês.
Diante da crise, os servidores ambientais decidiram manter as ações de combate ao fogo mesmo durante a greve da categoria. A infraestrutura precária e a falta de aviões têm dificultado o controle das chamas, tornando as operações mais demoradas e permitindo que o fogo se alastre por grandes áreas.
O governo está reforçando as equipes de combate e adotando medidas para agilizar as operações. A antecipação do planejamento de enfrentamento aos incêndios demonstra a gravidade da situação e a necessidade de ações imediatas para controlar a tragédia climática que assola o pantanal.