Segundo Saraiva, o ato faz parte do movimento nacional chamado “Criança não é Mãe”, que pede o arquivamento do projeto por considerar que ele protege estupradores e impede as mulheres de exercerem seu direito legal ao aborto após a 22ª semana de gestação. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) enfatizou a importância dos atos públicos como forma de pressionar os parlamentares e se mostrou contrária ao PL 1904, destacando que seu conteúdo é inconstitucional e criminoso.
Durante a manifestação, os participantes também criticaram o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por adiar o debate sobre o projeto para o segundo semestre. A decisão de adiar o debate veio após críticas da sociedade civil e autoridades, bem como pela aprovação do regime de urgência para a proposta. O aposentado Francisco Viana de Souza expressou sua indignação com a falta de respeito ao povo diante da aprovação do regime de urgência.
Em São Paulo, o ato ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo, e essa foi a terceira manifestação contra o PL 1904 na região desde o dia 13 de junho. As manifestantes, muitas com lenços verdes, símbolo da luta pelo direito ao aborto legal, se reuniram para reivindicar a ampliação desse direito e a autonomia das mulheres. Letícia Parks, militante do movimento Pão e Rosas, alertou para a necessidade de mobilização constante contra o projeto que pode ser votado em agosto.
A luta pela legalização do aborto, livre, seguro e gratuito, é uma das principais reivindicações das manifestantes, que buscam o direito das mulheres de decidirem sobre seus corpos de forma livre e autônoma. A presença nas ruas e a pressão popular são consideradas fundamentais para alcançar vitórias no Congresso Nacional e garantir os direitos das mulheres.