Vendedor aproveita folga em “praia” de água doce a 10 minutos de casa, em São Paulo, devido ao cancelamento de viagem.

No último final de semana, o vendedor Gustavo Soares, de 24 anos, teve sua folga planejada para uma viagem a Itanhaém, no litoral sul de São Paulo. No entanto, devido a falta de dinheiro, ele teve que mudar seus planos de última hora e encontrou uma alternativa mais próxima de casa. Morador do Grajaú, no extremo sul da capital paulista, Gustavo e sua família aproveitaram o dia na praia do Sol, localizada às margens da represa de Guarapiranga, a apenas 10 minutos de sua residência.

Devido ao intenso calor, várias famílias também escolheram o local para se refrescar. Mesmo com o ambiente agradável, os frequentadores precisam atravessar um caminho repleto de vendedores ambulantes e lixo para chegar à água, que, segundo a Cetesb, é própria para banho naquela área.

A praia do Sol, inserida em um parque municipal que leva o mesmo nome, oferece ainda quadras de areia para vôlei e beach tennis, aumentando assim as opções de lazer para os visitantes. O local também conta com o surgimento de bares e restaurantes, muitos deles imitando o clima litorâneo e com praias privativas, atraindo a atenção do público. No entanto, esse crescimento comercial tem gerado críticas de moradores e pequenos comerciantes da região, que apontam para a falta de espaço público e o aumento dos preços.

Apesar das divergências, alguns frequentadores como o aposentado Ismael Santos, de 45 anos, enxergam positivamente a presença de estabelecimentos comerciais na região, destacando o incremento da vida noturna e o movimento econômico gerado. Por outro lado, a questão do saneamento nos arredores da represa de Guarapiranga também é um ponto de atenção levantado por organizações locais, alertando para a poluição decorrente de ocupações irregulares e o desenvolvimento de vegetação prejudicial à qualidade da água.

Em meio a essas reflexões, a Praia do Sol continua atraindo visitantes em busca de lazer e descanso, enquanto a região enfrenta os desafios de conciliar o desenvolvimento comercial com a preservação ambiental e a qualidade de vida dos moradores locais. A mistura de paisagens litorâneas com a realidade paulistana torna o local um ponto de encontro diversificado e cheio de contrastes.

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