Dentre os problemas enfrentados estão casas abandonadas cercadas por condomínios residenciais, prédios empresariais em vias desertas à noite, moradias irregulares e um trânsito caótico. Para reverter essa situação, a Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou em primeiro turno um projeto de lei que visa alterar as regras de ocupação do território da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada.
A proposta prevê a introdução de benefícios semelhantes aos garantidos pelas versões mais recentes do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento em empreendimentos imobiliários no perímetro da operação. Isso visa reavivar a atratividade da região, que, mesmo sendo dividida em cinco setores, enfrenta desequilíbrios de demanda e perde competitividade em relação a outras áreas da cidade.
O arquiteto e urbanista Marcelo Ignatios destaca a importância de transportar os benefícios das legislações mais recentes para a Água Espraiada, a fim de revitalizá-la. No entanto, é preciso ter cautela para não liberar mais potencial construtivo do que a região comporta, evitando um colapso.
Além disso, a operação Água Espraiada enfrenta dificuldades na arrecadação de recursos devido ao desinteresse pelos estoques de Cepacs disponíveis, essenciais para a continuidade da operação e produção de habitação social. A falta de moradias dignas contrasta com grandes casas vazias e terrenos subutilizados na região, gerando um cenário de desequilíbrio e desvalorização de alguns imóveis.
Diante desse contexto, a aprovação do projeto de lei e a implementação de medidas para equilibrar a ocupação e uso do território da operação Água Espraiada são essenciais para reverter a estagnação e potencializar o desenvolvimento sustentável dessa importante região de São Paulo.