O médico otorrinolaringologista Salmito, presidente da Academia Brasileira de Otoneurologia (ABON), destaca que a tontura é um dos principais fatores de risco para quedas em idosos. Ele ressalta a importância de não ignorar sensações como mal-estar, flutuação ou sensação de que o ambiente está girando, pois esses sintomas podem indicar problemas de equilíbrio.
Um estudo sobre a mortalidade de idosos por quedas, realizado no Brasil, revelou que entre os anos de 2000 e 2019 ocorreram 135.209 óbitos devido a quedas, sendo que mais da metade dessas mortes foram de mulheres e a maioria dos casos concentrou-se na faixa etária de 80 anos ou mais. O número de mortes de idosos devido a quedas quase dobrou entre 2013 e 2022, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Salmito alerta que, com o avanço da idade, é comum que os idosos enfrentem problemas de visão, perda de massa muscular e dificuldades de equilíbrio, o que aumenta o risco de quedas. Por isso, ele recomenda que qualquer episódio de tontura seja avaliado por um médico otorrinolaringologista, a fim de identificar as causas e indicar o tratamento adequado.
Além de cuidar da saúde, os especialistas da ABON e da Aborl-CCF destacam a importância de adotar medidas de prevenção no dia a dia, como manter-se bem alimentado, usar calçados adequados, evitar subir em bancos e cadeiras para alcançar objetos em locais altos, entre outras recomendações. A segurança dentro de casa também é fundamental, com orientações para garantir a acessibilidade e evitar riscos de acidentes, como manter um ambiente bem iluminado e livre de tapetes escorregadios.
Portanto, é essencial que a população esteja ciente dos riscos de quedas em idosos e adote medidas preventivas para garantir a segurança e o bem-estar dessas pessoas que fazem parte de um grupo vulnerável a esse tipo de acidente. A prevenção é a chave para evitar situações de risco e promover a qualidade de vida na terceira idade.