De acordo com o presidente do Conselho, Julio Rocha (Agir), a deliberação do colegiado será encaminhada para a Mesa Diretora do Parlamento para definir se é necessário levar o caso para votação em Plenário. A votação pelo arquivamento contou com o apoio do presidente do Conselho e dos deputados Cláudio Caiado (PSD), Renato Miranda (PL) e Vinícius Cozzolino (União), enquanto Dani Monteiro (PSOL) e Martha Rocha (PDT) se manifestaram contrariamente.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que Lucinha enfrenta acusações e é investigada. Em dezembro do ano passado, ela foi afastada do cargo na Alerj durante a Operação Batismo da Polícia Federal, mas retornou após uma votação dos parlamentares. A deputada, que iniciou sua carreira como ativista e fundadora do PDT no RJ, foi acusada de integrar o núcleo político da milícia e informar à organização a agenda do prefeito Eduardo Paes (PSD) na Zona Oeste para beneficiá-los.
Além de Lucinha, sua ex-assessora, Ariane Afonso Lima, também foi acusada de colaborar ativamente com a milícia do Zinho, especialmente na articulação política com órgãos públicos para atender os interesses do grupo. As investigações apontam que a milícia é suspeita de envolvimento em crimes como organização criminosa, tráfico de armas, homicídios, extorsão e corrupção.
Deste modo, a decisão do Conselho de Ética da Alerj em arquivar o processo contra a deputada Lucinha levanta questões sobre a transparência e a ética no ambiente político, bem como a relação entre parlamentares e grupos criminosos. A votação foi acompanhada de perto pela imprensa e agora aguarda decisão da Mesa Diretora para possíveis desdobramentos no Plenário da Assembleia.