A escolha do vice ocorreu no mesmo dia em que o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, por propaganda eleitoral antecipada com pedido explícito de voto. A polarização entre Lula e Bolsonaro tem marcado as movimentações para a eleição na maior cidade do país.
Mello Araújo, alinhado ao discurso de Bolsonaro, tem feito críticas ao Judiciário e defendido pautas conservadoras. Com passagem pela direção da Ceagesp durante o governo Bolsonaro, o coronel foi elogiado pelo governador Tarcísio de Freitas por sua trajetória ilibada na Polícia Militar. A indicação do vice também foi vista como uma estratégia para fortalecer a aliança entre Nunes e Bolsonaro, mesmo diante da rejeição do presidente em São Paulo.
A decisão da Justiça Eleitoral de impor multas a Lula e Boulos por propaganda eleitoral antecipada também marcou a escolha do vice. Com Boulos sendo alvo de críticas por parte da população por sua trajetória no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, aliados de Nunes acreditam que a segurança pública pode ser um ponto de desgaste para o pré-candidato do PSOL. Apesar da insatisfação de alguns partidos da coligação, a indicação de Mello Araújo para vice foi aceita em um jantar que contou com a presença de representantes dos 12 partidos.
Com a chapa formada por Nunes e Mello Araújo, a campanha eleitoral em São Paulo promete ser marcada por debates acalorados e expectativas sobre o desempenho dos candidatos nas urnas em outubro. A escolha do vice pode impactar diretamente o resultado das eleições e as estratégias dos candidatos para conquistar o eleitorado.