Segundo Cardoso, a Lei da Anistia, aprovada em 1979, foi crucial para garantir a reconciliação e o perdão de crimes políticos ocorridos entre 1961 e 1979. Ele ressaltou que a legislação foi redigida pela equipe do então presidente João Figueiredo e aprovada rapidamente pelo Congresso Nacional, desempenhando um papel fundamental no processo de redemocratização do país.
O senador expressou sua preocupação com os excessos presentes nos atuais processos judiciais, que estariam favorecendo uma nova onda de anistias. Ele criticou as prisões preventivas excessivas, especialmente de idosos e mães de filhos pequenos, e questionou a razoabilidade das penas estabelecidas até o momento.
Cardoso também mencionou a apresentação de seis projetos de anistia na Câmara e no Senado, que visam perdoar os acusados e presos dos atos de janeiro. Ele citou um relatório da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro, que denuncia violações aos direitos dos réus e as condições precárias nas prisões.
Em seu discurso, o senador enfatizou a importância de respeitar o devido processo legal e garantir que os acusados tenham acesso a uma defesa justa. Ele concluiu chamando atenção para a necessidade de combater os excessos e erros nos processos judiciais, a fim de assegurar a justiça e a democracia no país.