Filho único de Moacir Japiassu e Marcia Lobo, ambos jornalistas, Daniel cresceu em Cerqueira César, São Paulo, em um ambiente repleto de arte. De descendência paraibana e carioca, o jovem Daniel se tornou um apaixonado torcedor do Vasco, fato que gerou um divertido conflito com sua avó flamenguista. Essa ligação especial entre eles era marcada por muito carinho.
Com um amor pelos livros e senso de humor sarcástico, Daniel seguiu os passos de seus pais no jornalismo. Sua curiosidade, leitura voraz e minuciosa revisão ajudaram-no a entrar no caderno de informática da Folha após demonstrar domínio do assunto em uma entrevista, onde passou a atuar como freelancer.
Em sua trajetória profissional, Daniel passou pelo Jornal da Tarde e colaborou com revistas conceituadas, até chegar ao jornal O Estado de S. Paulo como editor da coluna “Direto da Fonte”. Além disso, seu fascínio pela música brasileira o levou a apreciar artistas contemporâneos populares, como Panic at the Disco e My Chemical Romance, influenciados por suas filhas.
No entanto, a vida de Daniel foi interrompida precocemente pelo agravamento de um melanoma que descobriu no ano anterior, deixando uma lacuna irreparável para sua mãe, esposa e filhas. Sua partida ocorreu sob a leitura de poemas de Federico García Lorca, um dos seus poetas prediletos, o que certamente marcou um momento emocionante e memorável para aqueles que o cercavam.
A morte de Daniel Japiassu Lins, aos 52 anos, é um lembrete da finitude da vida e da importância de se valorizar os momentos ao lado daqueles que amamos. Sua história de paixão pelo jornalismo, pelas artes e pela música continuará inspirando aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e conviver com seu legado.