Senadora critica sessão sobre aborto no Senado e repudia projeto de lei que equipara aborto tardio ao homicídio

No último dia 18, a senadora Soraya Thronicke, do partido Podemos, fez um pronunciamento contundente no Senado Federal. Durante seu discurso, a parlamentar criticou a realização de uma sessão de debates temáticos sobre assistolia fetal, que ocorreu no dia anterior no Plenário da Casa. Além disso, ela expressou seu repúdio ao projeto de lei (PL) 1.904/2024, em tramitação na Câmara dos Deputados, que equipara o aborto após 22 semanas, inclusive nos casos de estupro, ao crime de homicídio.

Durante a sessão temática, que abordou o polêmico PL, a senadora ficou indignada com a ausência de vozes contrárias e com a encenação de um feto sendo abortado por uma atriz. Soraya questionou a falta de representatividade do debate e chegou a perguntar se haveria também uma encenação de estupro de criança no Plenário do Senado.

A senadora ressaltou a importância da Bancada Feminina em defender a vida e enfatizou que o aborto é proibido no Brasil, com exceções como o feto anencéfalo, risco de morte da mãe e o estupro. Ela rejeitou veementemente o PL 1.904/2024, destacando que a legislação atual não visa descriminalizar o aborto, mas sim não penalizar as mulheres que passam por situações tão difíceis.

Além disso, Soraya provocou seus colegas parlamentares ao questionar qual seria a atitude deles se suas filhas ou parceiras fossem vítimas de estupro. Ela enfatizou a contradição de alguns deputados em querer impor suas crenças e restringir a liberdade individual em um Estado laico.

O discurso da senadora repercutiu fortemente nos corredores do Congresso Nacional, gerando debates acalorados entre parlamentares e movimentos sociais. A postura firme e crítica de Soraya Thronicke em relação ao tema do aborto e do estupro demonstra a complexidade e sensibilidade dessas questões na sociedade brasileira.

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