Empresário acusado de atropelar e matar ciclista vai a júri popular por dirigir bêbado e em alta velocidade em São Paulo

O empresário José Maria da Costa Júnior enfrenta nesta quinta-feira (20) o julgamento popular por um crime que chocou a cidade de São Paulo. Acusado de dirigir bêbado, em alta velocidade, atropelar e matar a ciclista Marina Kohler Harkot em novembro de 2020, o réu terá que responder diante da justiça pelo ocorrido.

Marina, uma jovem de 28 anos, foi vítima de um trágico acidente enquanto pedalava na avenida Paulo 6º, na zona oeste da cidade. Cientista social e mestre em arquitetura, a vítima dedicava sua vida à pesquisa da relação entre a bicicleta, as mulheres e a cidade de São Paulo. Em sua dissertação, Marina argumentava sobre a falta de infraestrutura adequada para as mulheres e ciclistas em uma cidade dominada pelos carros.

Imagens de câmeras de segurança revelaram que Costa Júnior estava dirigindo a 95 Km/h no momento do impacto, quase o dobro da velocidade permitida no local. Além disso, o réu foi flagrado sorrindo logo após o atropelamento, o que gerou revolta e indignação na comunidade.

A defesa do empresário alega que ele entrou em pânico e não prestou socorro à vítima. No entanto, evidências apontam que ele havia consumido uísque momentos antes do acidente em um bar na Vila Madalena.

Em 2022, Costa Júnior tentou a reclassificação do crime de homicídio com dolo eventual para homicídio culposo, mas teve seu recurso negado pela justiça. Caso seja condenado, o réu, atualmente com 36 anos, pode enfrentar até 20 anos de prisão em regime fechado.

O julgamento está marcado para começar às 13h no Fórum Criminal da Barra Funda, com a expectativa de um veredicto para o dia seguinte. Manifestações em várias cidades do país pedem justiça e punição para Costa Júnior, que gerou comoção e revolta com sua conduta irresponsável no trânsito.

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