Marina, uma jovem de 28 anos, foi vítima de um trágico acidente enquanto pedalava na avenida Paulo 6º, na zona oeste da cidade. Cientista social e mestre em arquitetura, a vítima dedicava sua vida à pesquisa da relação entre a bicicleta, as mulheres e a cidade de São Paulo. Em sua dissertação, Marina argumentava sobre a falta de infraestrutura adequada para as mulheres e ciclistas em uma cidade dominada pelos carros.
Imagens de câmeras de segurança revelaram que Costa Júnior estava dirigindo a 95 Km/h no momento do impacto, quase o dobro da velocidade permitida no local. Além disso, o réu foi flagrado sorrindo logo após o atropelamento, o que gerou revolta e indignação na comunidade.
A defesa do empresário alega que ele entrou em pânico e não prestou socorro à vítima. No entanto, evidências apontam que ele havia consumido uísque momentos antes do acidente em um bar na Vila Madalena.
Em 2022, Costa Júnior tentou a reclassificação do crime de homicídio com dolo eventual para homicídio culposo, mas teve seu recurso negado pela justiça. Caso seja condenado, o réu, atualmente com 36 anos, pode enfrentar até 20 anos de prisão em regime fechado.
O julgamento está marcado para começar às 13h no Fórum Criminal da Barra Funda, com a expectativa de um veredicto para o dia seguinte. Manifestações em várias cidades do país pedem justiça e punição para Costa Júnior, que gerou comoção e revolta com sua conduta irresponsável no trânsito.