Antes de sua chegada, Putin enviou uma carta ao líder norte-coreano expressando seu desejo de fortalecer as relações entre os dois países, prometendo seu “apoio inabalável”. Ele ressaltou que Rússia e Coreia do Norte desenvolveram boas relações nos últimos 70 anos com base na igualdade, respeito mútuo e confiança.
A viagem ocorre em um momento em que a Rússia busca mais armas para sua guerra na Ucrânia, embora a Coreia do Norte negue fornecer tal ajuda. Por sua vez, Kim Jong-un deve aproveitar a visita para buscar apoio para seus programas nuclear e espacial, explorando o interesse de uma Rússia que tenta driblar o isolamento internacional provocado pelo Ocidente.
A relação entre Putin e Kim Jong-un tem se fortalecido nos últimos dois anos, especialmente com a Rússia se tornando alvo de sanções devido à sua invasão à Ucrânia. Moscou enxerga na Coreia do Norte um fornecedor de armas e uma alternativa para manter sua economia em funcionamento durante a guerra.
A Coreia do Norte, por sua vez, vê na Rússia um importante aliado para continuar com seu programa nuclear e lançar satélites em órbita. Analistas sul-coreanos especulam que a Coreia do Norte pode buscar restabelecer uma aliança militar da Guerra Fria com Moscou, o que gera preocupações em Seul.
Apesar da aproximação entre os dois países, existem muitas desconfianças mútuas, e a melhoria nas relações é impulsionada por circunstâncias específicas. O relacionamento entre Rússia e Coreia do Norte é complexo e envolve questões geopolíticas delicadas, que devem ser acompanhadas com atenção.
A viagem de Putin à Coreia do Norte despertou preocupações nos Estados Unidos, que acompanham de perto a relação entre os dois países. Enquanto isso, a visita segue em andamento, com discussões e negociações bilaterais entre os líderes russos, sul-coreanos e norte-coreanos.