O subprocurador Luiz Augusto Santos Lima defendeu que os acusados – Domingos Brazão, Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa e Major Ronald – devem se tornar réus por homicídio e organização criminosa. Todos os acusados estão atualmente detidos. Durante a sessão, o subprocurador acusou os irmãos Brazão de integrarem uma organização criminosa com vínculos com a milícia atuante em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, e de estarem envolvidos com grilagem de terras na zona oeste da cidade.
Segundo a PGR, os irmãos Brazão decidiram executar a vereadora Marielle Franco após encontrarem resistência dela e do PSol para aprovar projetos de lei na Câmara de Vereadores em prol da regularização das terras de interesse do grupo ligado a eles. O subprocurador afirmou que as dificuldades na tramitação dos projetos e o histórico de conflitos com o PSol intensificaram o descontentamento dos irmãos Brazão, levando à decisão de executar a vereadora.
Rivaldo Barbosa teria sido acionado pelos irmãos Brazão para auxiliar no assassinato, enquanto Major Ronald teria realizado o monitoramento dos passos da vereadora antes do crime. O julgamento será decidido pelos votos dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lucia, Luiz Fux e Flávio Dino.
Os acusados poderão se tornar réus pelo homicídio de Marielle caso três dos cinco ministros se manifestem a favor da denúncia da PGR. O próximo passo do julgamento será a manifestação das defesas dos acusados.