Alessandra Dellatorre, de 29 anos, saiu para caminhar pela avenida Unisinos, às 14h30 de um sábado, 16 de julho de 2022, e não levou documentos nem celular, apenas uma garrafa com uma bebida que costumava ingerir antes dos treinos físicos. O último registro da advogada foi feito por câmeras de segurança quando ela caminhava na direção de uma área de mata. Na época, a polícia fez buscas, com auxílio de bombeiros e de voluntários, e usou cães farejadores e um helicóptero, mas não localizou a advogada.
No último dia 7, militares faziam patrulha de rotina pela área do 18.º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, na divisa entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul, quando viram um corpo humano em decomposição. O cadáver foi recolhido pela Polícia Civil. Pelas roupas, já havia suspeita de se tratar de Alessandra, o que foi confirmado por meio de exame da arcada dentária. O corpo estava a 1,9 quilômetro de onde ela foi vista pela última vez.
O delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, afirmou que não existem sinais de crime, pois as roupas não estavam rasgadas e os ossos estavam todos juntos. A perícia realizada indicou que não havia sinais de violência contra a vítima. No entanto, a causa da morte ainda é indeterminada.
A família de Alessandra, que desde 2022 mantinha uma campanha nas redes sociais por informações sobre o paradeiro da advogada, lamentou a morte em uma mensagem publicada online. Os pais, Eduardo e Ivete, comunicaram o fim das buscas e pediram que as pessoas incluam Alessandra em suas orações.
O enterro da advogada está marcado para quarta-feira (19), no cemitério Cristo Rei, em São Leopoldo. As autoridades seguem investigando o caso para esclarecer as circunstâncias da morte de Alessandra Dellatorre.