Durante a audiência, os advogados de Eurípedes Júnior solicitaram a conversão da prisão preventiva em domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, porém o pedido foi negado pela Justiça. O presidente do Solidariedade é um dos alvos da Operação Fundo no Poço, que investiga o desvio de aproximadamente R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral do antigo Partido Republicano da Ordem Social (Pros).
A operação, autorizada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, Luiz Lizandro Garcia Gomes Filho, identificou um esquema criminoso envolvendo candidaturas laranjas, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos destinados à Fundação de Ordem Social (FOS), do partido.
Diante das acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita e falsidade ideológica eleitoral, Eurípedes Júnior está detido na Superintendência da Polícia Federal e deve ser transferido para o complexo penitenciário da Papuda, em São Sebastião, no Distrito Federal.
Antes de se entregar à PF, o político se licenciou da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado, sendo substituído por Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força. Em nota oficial, o partido ressaltou a regularidade da transição e a continuidade do exercício da direção partidária.
A defesa de Eurípedes Júnior reafirmou a inocência do cliente diante dos fatos em apuração, ressaltando que ele irá provar sua total inocência perante a Justiça. O desfecho desse caso ainda é incerto, mas a prisão do presidente licenciado do Solidariedade demonstra a intensidade das investigações em curso.