PM conclui que tiro que matou menina de 5 anos no Rio partiu de arma de policial: caso corre sob sigilo

A Corregedoria da Polícia Militar concluiu que o tiro que tirou a vida da pequena Eloah da Silva dos Santos, de apenas 5 anos, em agosto do ano passado, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, partiu da arma de um policial militar. O inquérito sobre o caso foi finalizado em setembro do ano passado e encaminhado ao Ministério Público, mas as informações foram mantidas em sigilo. O terceiro-sargento André Luiz de Oliveira Muniz foi identificado como o autor do disparo e está atualmente detido por outro motivo, embora não tenha sido revelado pela polícia os detalhes desse motivo.

O policial militar foi indiciado por homicídio qualificado pela Polícia Civil. A tragédia ocorreu enquanto Eloah brincava no quarto de sua casa, no morro do Dendê. As autoridades relataram que equipes policiais estavam fazendo patrulhamento na região e tentaram abordar dois homens em uma motocicleta. Durante a abordagem, o ocupante da moto teria disparado contra os policiais, que reagiram. Infelizmente, o tiro atingiu Eloah, que veio a falecer.

Após a morte da menina, os moradores da comunidade do Dendê se revoltaram, resultando em protestos e a queima de ônibus. No meio desse tumulto, Eloah foi atingida, gerando ainda mais revolta na comunidade. Esta não foi a única tragédia envolvendo a Polícia Militar na Ilha do Governador, visto que na semana passada a adolescente Ana Beatriz Barcelos Nascimento, de 13 anos, foi baleada enquanto retornava de sua aula de balé.

A jovem estava com sua tia quando foi atingida por um tiroteio na região. A Polícia Militar alegou que estavam patrulhando para combater extorsões de traficantes a motoristas de aplicativo quando foram alvo de tiros e revidaram. Atualmente, Ana Beatriz está internada e sua família está pedindo doações de sangue para ajudar no seu tratamento. Esses casos geram preocupação e questionamentos sobre o uso da força policial em áreas residenciais e a segurança dos cidadãos, especialmente dos mais vulneráveis, como crianças e adolescentes. A comunidade espera por justiça e medidas efetivas para evitar tragédias como essas no futuro.

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