Na última reunião, realizada no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, chegando a 10,5% ao ano. No entanto, a velocidade do corte diminuiu, passando de 0,5 ponto percentual para 0,25 ponto percentual. Isso ocorreu devido à preocupação dos membros do comitê com as expectativas de inflação acima da meta e um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente, o que impediu novos cortes na Selic.
No período de março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes seguidas em um ciclo de aperto monetário. A taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete reuniões consecutivas durante um ano, antes de iniciar os cortes. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024, caindo para 9,5% ao ano em 2025 e reduzindo ainda mais nos anos seguintes.
A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta a taxa de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que impacta nos preços por meio do encarecimento do crédito e estímulo à poupança. Já a redução da Selic resulta em crédito mais barato, favorecendo a produção e o consumo, porém com menor controle sobre a inflação.
O mercado financeiro prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) suba para 3,96% este ano, ficando dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo BC. As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e os próximos anos também foram divulgadas, com variação negativa para este ano e expectativa de expansão em 2025, 2026 e 2027. Além disso, a previsão para a cotação do dólar até o final deste ano e nos próximos anos também fez parte das projeções consultadas pelo BC.