Os envolvidos já estão presos desde março deste ano, em decorrência das investigações realizadas sobre o assassinato de Marielle Franco. Além deles, outros acusados estão detidos, como Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como major Ronald, que foi denunciado pelo homicídio, e Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, que foi acusado apenas por organização criminosa, por ter fornecido a arma utilizada no crime.
Segundo a Procuradoria, o assassinato teria sido encomendado pelos irmãos Brazão, com a participação de Rivaldo Barbosa, visando proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política realizados por Marielle Franco, filiada ao PSOL. A base da acusação se embasa na delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou sua participação na execução dos homicídios.
O julgamento está marcado para iniciar às 14h30 e será presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Durante a audiência, será realizada a leitura do relatório do processo, seguida pela defesa da Procuradoria-Geral da República e dos advogados dos acusados. Posteriormente, ocorrerá a votação dos ministros da Primeira Turma do STF sobre o recebimento da denúncia.
As defesas dos acusados têm defendido a rejeição da denúncia, alegando falta de provas e questionando a competência da Suprema Corte para julgar o caso. Os advogados dos réus têm enfatizado a ausência de elementos que comprovem a participação de seus clientes nos acontecimentos relatados pela acusação. A decisão final caberá aos ministros que compõem a Primeira Turma do STF, sendo necessária a aprovação de pelo menos três dos cinco membros para que os acusados sejam considerados réus no processo.