Cumprimento parcial das metas do Plano Nacional de Educação coloca em xeque o futuro da qualidade da educação brasileira.

Às vésperas do fim da vigência da lei do Plano Nacional de Educação, o Brasil se depara com um cenário desafiador, com apenas quatro das 20 metas estabelecidas cumpridas, pelo menos parcialmente. Sancionado em 2014 pela presidente Dilma Rousseff, do PT, o PNE tinha como objetivo melhorar a qualidade da educação brasileira em todos os níveis, desde a educação infantil até a pós-graduação. No entanto, um relatório da Campanha Nacional pelo Direito à Educação aponta que, ao longo da última década, houve poucos avanços e até mesmo retrocessos nas metas estabelecidas.

A dificuldade em progredir nas metas estabelecidas coloca pressão no governo do presidente Lula, que terá a responsabilidade de elaborar um novo plano educacional ainda este ano. Além das metas não alcançadas, novas demandas surgiram no campo educacional ao longo do tempo. O descumprimento das metas estabelecidas no PNE pode limitar o futuro da educação no país, prejudicando milhões de estudantes que não tiveram acesso a um ensino de qualidade.

Um dos retrocessos mais significativos foi em relação ao acesso ao ensino fundamental, no qual houve uma queda no número de crianças que frequentavam a escola na faixa etária adequada. Além disso, o país não conseguiu cumprir a meta de erradicar o analfabetismo, com milhões de pessoas ainda sem a habilidade de ler e escrever.

No campo da qualidade do ensino, o Brasil também enfrentou desafios, com resultados insatisfatórios no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. A formação técnica e a qualificação dos professores da rede pública também não atingiram os patamares esperados.

Diante desse cenário, é urgente que o país intensifique os esforços para cumprir as metas estabelecidas no novo plano educacional, com investimentos adequados e políticas eficazes. O futuro da educação no Brasil depende de um compromisso sério e efetivo com a melhoria do sistema educacional como um todo.