Juscelino Filho, que foi ministro de Lula, negou veementemente as acusações em nota, lembrando que o indiciamento não implica automaticamente em culpa. Ele chamou a ação de política e previsível, alegando que a apuração distorceu premissas.
O indiciamento de Juscelino Filho surge após a deflagração da Operação Benesse, em setembro de 2023, que teve como um dos alvos Luanna Rezende, irmã do ministro e prefeita de Vitorino Freire (MA). O Estadão revelou que o ministro, quando deputado, direcionou recursos do orçamento para pavimentar uma estrada na cidade que passava pela fazenda de sua família.
Além disso, a investigação mostrou que um gerente da Codevasf, afastado por suspeita de receber propina, continuava recebendo salário da estatal mesmo estando fora do cargo. Julimar Alves da Silva Filho, o servidor afastado, teria recebido propina para emitir um parecer fraudulento que beneficiava diretamente o ministro das Comunicações.
Essas acusações de desvio de verbas públicas para benefício próprio não param por aí. O Estadão também revelou que Juscelino Filho utilizou uma aeronave da Força Aérea Brasileira para participar de leilões de cavalos de raça em São Paulo, gerando um custo de mais de R$ 130 mil aos cofres públicos.
Outras irregularidades, como omissão de patrimônio, informações falsas à Justiça Eleitoral e uso da estrutura do cargo para promoção pessoal, também foram apontadas contra o ministro. Ações como concessões de radiodifusão para seu círculo político e emprego de familiares em seu gabinete também foram citadas nas investigações.
Diante de todas essas acusações e evidências levantadas, o futuro político de Juscelino Filho fica incerto, com a possibilidade de consequências legais e políticas no horizonte. A PF concluiu sua investigação, mas o desenrolar desse escândalo ainda reserva surpresas e desdobramentos para o futuro do ministro das Comunicações.