Lula, que é contra o aborto, ressaltou a importância de tratar o tema como uma questão de saúde pública, lembrando que ele próprio é pai de cinco filhos, avô de oito netos e bisavô de uma criança. Para o petista, punir uma mulher que decide realizar um aborto com uma pena maior do que a aplicada ao criminoso que cometeu o estupro é, no mínimo, uma insanidade.
A aprovação da urgência do projeto pela Câmara dos Deputados, de forma rápida e simbólica, gerou críticas de parlamentares, principalmente do PSOL, que é contrário à iniciativa. Lula admitiu não ter acompanhado de perto o debate devido a sua viagem ao exterior, mas se comprometeu a se informar sobre o assunto ao retornar ao Brasil.
O ex-presidente destacou que a legislação atual já garante um tratamento civilizado para punir rigorosamente o estuprador e proteger a vítima. Ele enfatizou que é preciso ser sério ao tratar de um assunto tão delicado e que qualquer proposta que busque punir a vítima com mais rigor do que o agressor não deve ser levada a sério.
Com essas declarações, Lula demonstrou sua preocupação com a proposta em tramitação no Congresso Nacional e reforçou sua posição contrária ao projeto que equipara o aborto tardio ao homicídio, ressaltando a importância de se discutir esse tema de forma responsável e respeitosa.