A última vez em que a capital paulista registrou uma temperatura tão elevada para o mês de junho foi no dia 8 de junho de 1992, quando os termômetros marcaram 28,8ºC no Mirante de Santana, zona norte da cidade. Essa será a maior marca desde que os dados da série histórica, iniciada em 1943, foram digitalizados para acesso público.
Essa onda de calor é resultado do fortalecimento de um centro de alta pressão atmosférica que está estabilizando o tempo na região. Com a diminuição da nebulosidade, aumento da radiação solar direta e inversão térmica, a temperatura tem se mantido elevada, com previsão de 28°C para o sábado (15) e domingo (16).
Além de São Paulo, a região Centro-Oeste, sul de Minas Gerais e noroeste do estado de São Paulo também estão sendo afetados por essa massa de ar quente. A previsão é de que o tempo seco e quente permaneça nas próximas semanas, até o início do inverno, no dia 21 de junho. A alta pressão atmosférica sobre o país deve se manter até o dia 20 de junho, com a possibilidade da passagem de uma frente fria pela costa paulista após o dia 22.
Os moradores de São Paulo devem estar atentos à baixa umidade do ar, que atingiu níveis preocupantes, como registrado em Barretos e Tupã, com apenas 19% de umidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a umidade abaixo de 60% pode ser prejudicial à saúde. Na capital paulista, o índice de umidade poderá chegar a 30% durante as horas mais quentes desta sexta-feira, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo.