Entre os municípios que buscaram a ajuda do IBGE está Lajeado, que forneceu dados específicos das áreas alagadas para que pudessem ser cruzados com as informações do cadastro. Com isso, foi possível identificar que 4.605 domicílios particulares, 15 escolas, 30 estabelecimentos de saúde e 825 estabelecimentos comerciais estavam localizados nas regiões alagadas pelo transbordamento do Rio Taquari e seus afluentes.
Embora não tenha sido divulgado quais foram os outros municípios que solicitaram apoio do IBGE, o governo gaúcho compartilhou dados de endereços de 223 cidades do estado. A utilização do cadastro de endereços para o dimensionamento de desastres não é novidade, tendo sido empregado em casos como o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) em 2019 e as chuvas em São Sebastião (SP) no ano passado.
Além do cadastro de endereços, os agregados por setores censitários são outra ferramenta que permite compreender a gravidade da situação. Embora menos precisos do que o cadastro, esses agregados fornecem informações sobre o total de pessoas que vivem em áreas específicas de cada município.
A parceria entre o governo do Rio Grande do Sul, as prefeituras e o IBGE evidencia a importância da cooperação entre os órgãos públicos para mitigar os impactos causados por desastres naturais. A análise detalhada dos dados é fundamental para compreender a extensão dos danos e direcionar corretamente as ações de socorro e reconstrução das áreas afetadas pelas chuvas no estado.