Os trabalhadores deram início à construção do reator na última terça-feira (11), porém a previsão de conclusão é para o ano de 2030, sujeito a aprovação da Comissão Reguladora Nuclear. A empresa responsável pelo projeto, TerraPower, conta com o apoio financeiro de Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, que investiu mais de US$ 1 bilhão em busca de soluções para as questões energéticas e climáticas que o planeta enfrenta.
Gates tem defendido a energia nuclear como parte da transição energética, alegando que é importante tornar a energia limpa competitiva com os combustíveis fósseis para combater as mudanças climáticas. O projeto da TerraPower é visto com expectativa pelas comunidades locais de Kemmerer e Diamondville, em Wyoming, que têm suas economias historicamente dependentes de usinas de carvão e minas adjacentes. Com o fechamento programado das usinas movidas a carvão até 2036, a construção do novo reator representa uma possível salvação econômica para essas localidades.
Embora o projeto da TerraPower prometa benefícios em termos de segurança e custo, ainda existem desafios pela frente. A empresa terá que superar obstáculos regulatórios, a dependência de fornecedores externos para combustível nuclear e os custos financeiros que historicamente têm prejudicado projetos semelhantes. Ainda assim, há uma esperança de que, se o projeto for bem-sucedido, ele possa abrir caminho para uma nova era na produção de energia limpa e livre de carbono.
Com o ressurgimento do interesse na energia nuclear nos Estados Unidos e o apoio do governo Biden por meio de incentivos fiscais, o projeto da TerraPower pode se tornar um marco na transição para uma matriz energética mais sustentável e eficiente. Ainda assim, a jornada rumo à conclusão do reator nuclear está repleta de desafios e incertezas, mas com potencial para impactar positivamente não apenas as comunidades locais, mas também a busca por soluções para as mudanças climáticas globais.