Durante o discurso, o ex-presidente listou diversos problemas que precisam ser enfrentados para melhorar a qualidade do trabalho em todo o mundo e enfatizou que a informalidade, precarização e pobreza persistem. Ele afirmou que o número de pessoas em empregos informais aumentou significativamente nos últimos anos e que o ODS 8, referente ao Trabalho Decente para Todos, não está avançando na velocidade necessária para cumprir seus indicadores.
Lula defendeu a taxação dos super-ricos e destacou que a justiça social e a luta contra as desigualdades são prioridades da presidência do Brasil no G20. Ele ressaltou a necessidade de uma nova globalização, uma globalização mais inclusiva e com foco na face humana. O presidente ainda mencionou a importância de uma transição justa e do uso de tecnologias emergentes para melhorar as condições de trabalho.
Além disso, Lula destacou a relação entre bem-estar e compromisso com a preservação do meio ambiente, ressaltando a importância da transição energética e da promoção do desenvolvimento sustentável. Ele enfatizou a necessidade de políticas voltadas para o desenvolvimento de habilidades digitais e sustentáveis em uma economia global em constante transformação.
Por fim, o presidente reforçou a importância do lançamento da Coalizão Global para a Justiça Social e defendeu uma participação mais igualitária dos países em desenvolvimento nos organismos de governança global. A iniciativa, lançada no ano passado, já conta com mais de 250 membros e tem o objetivo de construir uma transição mais justa e igualitária. A Conferência Internacional do Trabalho, que reúne os Estados-membros da OIT, ocorre anualmente e tem sido palco de importantes discussões sobre questões trabalhistas em todo o mundo.