Agora, a tendência é a chegada do La Niña, que tem o efeito oposto ao El Niño, pois diminui a temperatura das águas do Pacífico. Projeções indicam uma probabilidade de 69% de formação do La Niña até setembro, com previsão de chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste e abaixo da média nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil a partir de outubro. Além disso, o La Niña tende a provocar um frio mais intenso.
Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden, alerta que ainda é cedo para prever a intensidade dos efeitos do La Niña, pois diversos fatores influenciam as condições climáticas. O Pantanal, no Mato Grosso do Sul, é uma das áreas que costuma sofrer com o La Niña, pois enfrenta seca e incêndios florestais. Autoridades já estão alertas para os riscos nessa região.
O boletim elaborado em parceria entre o Inmet, o Inpe, a ANA e o Cenad analisou os impactos do El Niño no Brasil desde o início de 2023. O El Niño, classificado como moderado a forte, trouxe efeitos significativos e variados, como aumento da seca em algumas áreas do país. No Norte, a seca passou de fraca a extrema, enquanto no Sul ocorreram três grandes enchentes, provocando tragédias na região. O Sudeste já apresenta estações meteorológicas em situação de estiagem, o que requer atenção das autoridades.