Esses números refletem uma tendência preocupante, uma vez que o número de suicídios supera o de policiais mortos em serviço e no horário de folga, assim como aposentados assassinados por criminosos. No total, somando as três situações, foram registradas 31 vítimas no ano passado.
Em resposta aos dados, o Governo de São Paulo afirmou que está ampliando as iniciativas de suporte ao bem-estar e atendimento psicológico aos policiais da ativa. Programas como o Sistema de Saúde Mental (SISMen) têm sido implementados para oferecer atendimento psicossocial em diversas unidades, visando prevenir casos de suicídio e promover a saúde mental dos agentes.
No entanto, apesar das medidas adotadas, os números oficiais revelam que, de 2015 até o ano passado, foram registradas 261 ocorrências de suicídio entre os PMs. A maioria das vítimas era de praças, como soldados, cabos e sargentos, representando 90% do total, contra 10% de oficiais.
Para alguns especialistas, o aumento de suicídios pode estar relacionado à falta de períodos de lazer e descanso para os policiais, que muitas vezes acabam realizando “bicos” nos horários de folga. Além disso, mudanças nos programas de recuperação mental dos PMs, que agora resultam em afastamentos mais curtos, também são apontadas como possíveis causas para o aumento dos casos.
Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de uma avaliação mais profunda sobre as condições de trabalho e o suporte psicológico oferecido aos policiais militares. A saúde mental desses profissionais é fundamental para o desempenho de suas funções e para a sua qualidade de vida. Medidas eficazes de prevenção e acompanhamento são essenciais para evitar novas tragédias e garantir o bem-estar daqueles que dedicam suas vidas à segurança pública.