Segundo as investigações, Marcus Vinícius, ex-líder do partido, levantou suspeitas de que Eurípedes teria desviado aproximadamente R$36 milhões da legenda, o que deu início às apurações. A Justiça Eleitoral do Distrito Federal determinou o bloqueio dos bens dos investigados e o sequestro de 33 imóveis, além de autorizar a realização de mandados de busca e apreensão em 45 endereços localizados em Goiás, São Paulo e no DF.
A polícia acredita que a quadrilha estava envolvida em crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e desvio de recursos destinados ao financiamento eleitoral. Segundo informações da PF, foram identificados indícios de uma estrutura criminosa voltada para desviar e apropriar-se de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral, utilizando candidaturas laranjas em diversas regiões do país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos destinados à Fundação de Ordem Social (FOS).
Durante as investigações, foram analisados relatórios de inteligência financeira e prestações de contas de candidatos suspeitos, que apontaram para a prática de lavagem de dinheiro e criação de empresas de fachada para ocultar os desvios. A PF também destacou a compra de imóveis por meio de laranjas e o superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido.
A Operação Fundo no Poço reforça o compromisso da Polícia Federal em combater a corrupção e a criminalidade eleitoral, garantindo a lisura e transparência no processo democrático do país.