O anúncio do novo campus, feito pelo presidente Lula e pelo ministro da Educação, Camilo Santana, gerou polêmica e descontentamento entre entidades de reitores, professores e estudantes. Apesar do reconhecimento da necessidade de ampliar o ensino superior público no país, essas entidades argumentam que o governo não tem disponibilizado recursos suficientes para manter a qualidade das instituições já existentes.
Em uma nota divulgada pela reitoria da UFBA, Miguez reforçou a posição contrária à expansão antes da resolução dos problemas atuais, como obras inacabadas e falta de pessoal qualificado. A autonomia administrativa das universidades federais também foi citada, ressaltando que a decisão de criar novos campi precisa passar pela aprovação da comunidade acadêmica.
O anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as universidades federais prevê um investimento de R$ 5,5 bilhões, sendo uma parte destinada à consolidação de obras já programadas e outra para a expansão das instituições. No entanto, muitas universidades enfrentam obras paralisadas devido à falta de recursos.
Além disso, o governo pretende destinar parte do investimento para a construção de hospitais universitários, visando fortalecer a área da saúde. Apesar da importância da ampliação do ensino superior, é fundamental garantir que as universidades existentes possam funcionar adequadamente antes de qualquer expansão, como defende o reitor da UFBA. A falta de diálogo entre as autoridades e as instituições de ensino pode gerar conflitos e comprometer a qualidade do ensino superior no país.