Segundo Barroso, a Defensoria Pública de São Paulo entrou com uma ação para garantir a obrigatoriedade do uso das câmeras, em meio a um debate sobre a desativação da política pública pelo estado. Após algumas reuniões com o governador Tarcísio de Freitas e outros representantes, ficou acordado que o estado adotaria a política de câmeras, o que resultou na publicação de um edital para a compra de 13 mil câmeras.
No entanto, surgiram questionamentos sobre a gravação ininterrupta das câmeras e, posteriormente, o Ministério da Justiça emitiu uma diretriz sobre câmeras de gravação, o que levou a uma nova regulamentação do uso das câmeras por parte do governo de São Paulo. Barroso destacou que o Supremo Tribunal Federal irá monitorar esses processos estruturais relacionados ao uso das câmeras.
Além disso, o ministro determinou que o Governo de São Paulo apresente um relatório sobre a efetividade das novas câmeras corporais da Polícia Militar seis meses após o início do uso. Esses relatórios devem avaliar a eficácia dos equipamentos e do software desenvolvido para as gravações, seguindo as regras estabelecidas pelo Ministério da Justiça do governo Lula.
A decisão de Barroso também manteve o processo licitatório do governo paulista para a compra de 12 mil novas câmeras. Em nota, o Governo de São Paulo afirmou que a decisão do ministro reforça o compromisso do estado em relação ao uso das câmeras operacionais pela Polícia Militar. As diretrizes do Ministério da Justiça sobre o uso das câmeras corporais por policiais de todo o país foram lançadas em maio, estabelecendo parâmetros para a sua utilização.