Ministério do Meio Ambiente anuncia criação de unidades de conservação na Caatinga para combater desertificação e mudança do clima

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou recentemente a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma Caatinga. Esses projetos têm como objetivo aumentar em mais de um milhão de hectares as áreas protegidas no bioma até 2026. Entre as ações já em andamento estão a ampliação do Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí; da Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte; e do Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará.

Durante o anúncio feito pela ministra do MMA, Marina Silva, em Petrolina, Pernambuco, durante o lançamento da campanha Terra, Floresta, Água – Movimento Nacional de Enfrentamento à Desertificação e à Seca, também foi ressaltada a importância de preservar a Caatinga diante dos desafios iminentes das mudanças climáticas. Segundo a ministra, a ampliação das áreas protegidas no bioma é fundamental para garantir a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos da região.

A desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro, representando um grave problema para a região. A Caatinga, presente em 12% do território do país, é um bioma único e essencial para a conservação da biodiversidade, abrigando espécies endêmicas e sendo altamente vulnerável às mudanças climáticas, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU.

Além dos projetos para a criação de unidades de conservação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome também anunciou medidas para ampliar o acesso à água no semiárido, visando a segurança hídrica, alimentar e a adaptação às mudanças climáticas. A retomada do Programa Cisternas e o pacto com os estados do Nordeste são iniciativas que buscam garantir o acesso à água para consumo e produção de alimentos na região.

Diversas outras ações foram anunciadas durante a Missão Caatinga, incluindo o Projeto Conecta Caatinga, que visa promover a gestão integrada da paisagem no bioma, e o Projeto Arca, para a expansão e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A criação da Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras Sobre a Desertificação e Seca também foi destaque, visando apoiar a implementação de políticas públicas e contribuir com evidências científicas para o enfrentamento da emergência climática.

No cenário atual, a preservação da Caatinga e o combate à desertificação e à seca são práticas essenciais para garantir a sustentabilidade e a qualidade de vida das populações locais, bem como para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade única dessa região brasileira. A união de esforços e o investimento em projetos de conservação são passos importantes para assegurar um futuro mais resiliente e sustentável para o bioma Caatinga.

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