Durante o anúncio feito pela ministra do MMA, Marina Silva, em Petrolina, Pernambuco, durante o lançamento da campanha Terra, Floresta, Água – Movimento Nacional de Enfrentamento à Desertificação e à Seca, também foi ressaltada a importância de preservar a Caatinga diante dos desafios iminentes das mudanças climáticas. Segundo a ministra, a ampliação das áreas protegidas no bioma é fundamental para garantir a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos da região.
A desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro, representando um grave problema para a região. A Caatinga, presente em 12% do território do país, é um bioma único e essencial para a conservação da biodiversidade, abrigando espécies endêmicas e sendo altamente vulnerável às mudanças climáticas, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU.
Além dos projetos para a criação de unidades de conservação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome também anunciou medidas para ampliar o acesso à água no semiárido, visando a segurança hídrica, alimentar e a adaptação às mudanças climáticas. A retomada do Programa Cisternas e o pacto com os estados do Nordeste são iniciativas que buscam garantir o acesso à água para consumo e produção de alimentos na região.
Diversas outras ações foram anunciadas durante a Missão Caatinga, incluindo o Projeto Conecta Caatinga, que visa promover a gestão integrada da paisagem no bioma, e o Projeto Arca, para a expansão e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A criação da Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras Sobre a Desertificação e Seca também foi destaque, visando apoiar a implementação de políticas públicas e contribuir com evidências científicas para o enfrentamento da emergência climática.
No cenário atual, a preservação da Caatinga e o combate à desertificação e à seca são práticas essenciais para garantir a sustentabilidade e a qualidade de vida das populações locais, bem como para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade única dessa região brasileira. A união de esforços e o investimento em projetos de conservação são passos importantes para assegurar um futuro mais resiliente e sustentável para o bioma Caatinga.