Durante uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados para discutir o pedido de investigação, o ministro expressou indignação em relação à fabricação e propagação de fake news em um momento de emergência. Ele questionou como é possível que em uma situação como essa, algumas pessoas se dediquem a produzir notícias falsas, desinformar e dificultar o trabalho das autoridades responsáveis pela resposta às enchentes.
No entanto, membros da oposição na audiência criticaram a decisão do governo de acionar a Polícia Federal, alegando que isso poderia configurar um uso indevido da instituição para reprimir opositores. A deputada Bia Kicis, por exemplo, argumentou que as críticas ao governo não devem ser tratadas como fake news, mas sim como manifestações legítimas de insatisfação.
Paulo Pimenta garantiu que o governo é capaz de distinguir entre um debate político legítimo e a propagação deliberada de fake news com intenção criminosa. Ele ressaltou que a investigação ficará a cargo da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário, e que aqueles que não cometeram crimes não têm motivos para se preocupar.
Além disso, o ministro foi questionado sobre o uso de um helicóptero das Forças Armadas para se deslocar até Santa Maria acompanhado de sua esposa, assim como sua presença em uma churrascaria em Porto Alegre para um encontro com empresários. Pimenta esclareceu que as aeronaves estavam disponíveis para o ministério e que participou do evento na churrascaria a convite de uma entidade empresarial.
No entanto, o ministro foi alvo de críticas por parte de alguns deputados da oposição, que o acusaram de utilizar uma jaqueta em homenagem aos trabalhadores da Defesa Civil de forma inadequada. Mesmo tendo se comprometido a permanecer na audiência até as 18h, Pimenta se retirou antes do horário previsto, o que gerou críticas por parte dos parlamentares da oposição que o acusaram de fugir das perguntas.