Barroso entendeu que, a princípio, não há motivos para impedir a implementação do novo edital de compra das câmeras em São Paulo, mesmo que tenha encerrado a modalidade de gravação ininterrupta. No entanto, ele exigiu que o governo paulista apresente um relatório sobre a eficácia dessas novas câmeras na PM seis meses após o início do uso.
O Ministério da Justiça argumentou que a única forma de cumprir as normas estabelecidas é por meio da gravação ininterrupta durante todo o turno policial. Isso gerou um impasse com o governo paulista, que afirmou que as novas câmeras serão capazes de cumprir essas diretrizes, mesmo com o fim do modo rotina que gravava continuamente em baixa qualidade.
Especialistas e o governo federal questionaram a viabilidade técnica dessas promessas, destacando a falta de descrição no edital de compra de um acionamento automático das câmeras em determinadas situações. A Defensoria Pública estadual também se posicionou contrária ao edital, argumentando que ele não atende às normas federais.
O pregão eletrônico para a aquisição das novas câmeras corporais foi vencido pela empresa Motorola, com uma proposta que representou uma redução significativa nos custos em comparação com os contratos anteriores. No entanto, a empresa ainda precisará passar por diversas etapas para que seus equipamentos sejam definitivamente integrados aos uniformes dos policiais militares.
Diante desses impasses e questionamentos, o uso e a eficácia das novas câmeras corporais na Polícia Militar de São Paulo continuam sendo alvo de debates e análises por parte das autoridades e especialistas envolvidos no processo. A busca por soluções que garantam a transparência e a segurança no trabalho policial é essencial para o aprimoramento das atividades de segurança pública no estado.