Empreendimentos como o Bar DJulia, tradicional ponto de concentração pré-jogo, estão enfrentando incertezas quanto ao futuro. A proprietária, Jéssica da Silva Bueno, viu seu estabelecimento ser atingido pela água, deixando os engradados de cerveja sujos de barro. Com a renda proveniente do bar comprometida, Jéssica agora se dedica a produzir e distribuir marmitas junto à Associação Comunitária Quintana, ajudando a comunidade em meio à crise.
Outros trabalhadores locais, como o casal Denilson Braga e Taís Silva, que vendiam bebidas e alugavam churrasqueiras em dias de jogos, também foram afetados. A mobilização em torno das partidas representava renda extra e amparo financeiro, mas agora enfrentam a incerteza sobre a retomada das atividades. A região do Humaitá, historicamente com infraestrutura precária, clama por atenção das autoridades e por medidas efetivas de reconstrução.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) mobilizou esforços para atuar na zona norte, com retroescavadeiras e caminhões do Exército Brasileiro realizando a limpeza das ruas. O diretor-geral do DMLU, Carlos Alberto Hundertmarker, explicou que a região foi uma das últimas áreas a ter a água baixada, o que demandou uma ação intensiva de limpeza e recuperação.
Enquanto isso, a comunidade do Humaitá tenta se reerguer diante dos estragos causados pela enchente. Empreendimentos familiares lutam para sobreviver e retomar suas atividades, enquanto a população se mobiliza em busca de soluções e ajuda mútua. A solidariedade e a perseverança mostram que, mesmo diante de desastres naturais devastadores, a união e a esperança podem ser forças fundamentais na reconstrução de comunidades resilientes.