Após a prisão da professora, a audiência de custódia ocorreu neste domingo (9) e a juíza responsável decidiu converter a prisão em preventiva, justificando que a acusada ocupava uma “posição de comando” sobre as vítimas e representava um “risco concreto à ordem pública”. Atualmente, a docente encontra-se internada no Hospital Municipal Souza Aguiar e deve se apresentar à Justiça assim que receber alta.
A mãe de uma das alunas agredidas relatou que a filha não se sentiu confortável em retornar à escola e expressou o desejo de transferi-la para outro estabelecimento de ensino, visando ajudá-la a superar o trauma vivenciado. A Secretaria Municipal de Educação afastou a professora de suas funções e iniciou uma sindicância para investigar o caso, destacando que qualquer forma de discriminação contra alunos é inaceitável e deve ser rigorosamente combatida e punida.
A situação evidencia a urgência de combater o racismo no ambiente escolar e traz à tona a necessidade de promover a inclusão e o respeito à diversidade. A educadora Laura Tolentino ressalta que os impactos do racismo na infância podem ser profundos e duradouros, afetando a autoestima, o desempenho acadêmico e o desenvolvimento emocional das crianças negras.
Portanto, é fundamental que a sociedade, as instituições de ensino e as autoridades estejam atentas e atuem de forma enérgica contra quaisquer manifestações de racismo, garantindo um ambiente escolar seguro e acolhedor para todos os estudantes. A responsabilização dos autores de atos racistas é essencial para promover uma educação inclusiva e igualitária, livre de preconceitos e discriminações.