A primeira fase da pesquisa prevê um levantamento meticuloso, com um prazo de um ano para sua conclusão. O objetivo é não apenas criar métricas relacionadas à saúde, mas também fornecer subsídios para que órgãos reguladores do setor – como o Ministério da Saúde, a Controladoria Geral da União e secretarias estaduais de saúde – possam utilizar essas informações em suas tomadas de decisão.
Nesse estágio inicial, os pesquisadores estão focados na coleta de dados que servirá de base para uma pesquisa qualitativa e quantitativa, a ser implementada nas próximas fases do projeto. O questionário será disponibilizado online e terá como público-alvo os stakeholders atuantes no setor da saúde, desde médicos e enfermeiros até pacientes e usuários de planos de saúde.
O diretor-executivo do IES, Carlos Eduardo Gouvêa, explicou que serão abordados cerca de 40 temas relacionados à corrupção, incluindo o potencial de desvio de recursos e possíveis favorecimentos antiéticos no atendimento médico. A ideia é criar indicadores que possam auxiliar na melhoria da gestão e combate à corrupção no setor.
Diversas associações do ramo da saúde estão apoiando a pesquisa, fornecendo suporte tanto prático quanto financeiro. Entretanto, algumas empresas do setor, embora entusiasmadas com a iniciativa, manifestaram preocupações quanto ao processo e à utilidade prática dos indicadores.
No entanto, os gestores envolvidos no projeto acreditam que, se houver um equilíbrio entre praticidade na pesquisa e análise aprofundada dos resultados, os indicadores poderão ser uma ferramenta valiosa para aprimorar a ética e a integridade no setor da saúde. Assim, espera-se que a pesquisa traga benefícios tanto para as empresas do ramo quanto para a sociedade como um todo.