Segundo Menin, o atual patamar da taxa de juros real, em torno de 6%, representa um desafio para a economia brasileira como um todo. O empresário comparou a política monetária a um tratamento de quimioterapia, defendendo que é necessário encontrar a dose ideal para não prejudicar o paciente. Além disso, Menin atribuiu parte da responsabilidade pelo alto custo dos juros ao cenário fiscal do país, sugerindo a necessidade de um consenso entre os Poderes para implementar um pacote tributário que reduza os custos e proporcione ao Banco Central melhores condições de regular a economia.
As declarações de Menin foram prontamente respondidas por Campos Neto, que destacou a importância de diferenciar as causas e consequências do cenário econômico. O presidente do Banco Central afirmou que a taxa de juros de longo prazo não é determinada pela instituição, mas sim pelos agentes do mercado financeiro. Ele ressaltou que a credibilidade do BC é fundamental para influenciar a queda dos juros reais no país.
Campos Neto enfatizou que o Banco Central atua de acordo com as metas estabelecidas pelo governo, utilizando a taxa de juros como instrumento de política monetária. Ele destacou que a inflação tem apresentado queda nos últimos tempos, beneficiando principalmente as pessoas de baixa renda.
O embate entre Menin e Campos Neto evidenciou a complexidade da política monetária brasileira e as divergências de opinião em relação às medidas necessárias para estimular o crescimento econômico de forma sustentável. Enquanto o empresário defende uma redução mais significativa das taxas de juros, o presidente do Banco Central destaca a importância da credibilidade e autonomia da instituição para influenciar positivamente o cenário econômico do país.