Índice de Preços de Alimentos da FAO sobe em maio impulsionado por cereais e lácteos, aponta relatório da organização.

De acordo com o último relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Índice de Preços de Alimentos teve um aumento de 1,1 ponto no mês de maio, atingindo a média de 120,4 pontos. Este foi o terceiro mês consecutivo de alta, porém o índice ainda permanece 3,4% abaixo do valor registrado em 2023 e 24,9% inferior ao pico observado em março de 2022.

O subíndice que mais contribuiu para essa elevação foi o de Cereais, que teve uma média de 118,7 pontos em maio. Esse aumento foi impulsionado pelas preocupações com as condições desfavoráveis das colheitas e os danos à infraestrutura de transporte do Mar Negro. Preocupações com a produção de milho na Argentina e no Brasil também foram destacadas, juntamente com a atividade limitada dos agricultores na Ucrânia. Além disso, tanto a cevada quanto o sorgo apresentaram aumentos em seus preços.

Já o subíndice de Óleos Vegetais teve uma média de 127,8 pontos em maio, com uma leve baixa em relação ao mês anterior. Esse recuo foi influenciado principalmente pelos preços mais baixos do óleo de palma. Por outro lado, o óleo de soja apresentou uma recuperação devido ao aumento da demanda no setor de biocombustíveis.

No que diz respeito à Carne, o subíndice registrou uma média de 116,6 pontos em maio, com ligeira queda em relação a abril. A carne suína foi a que mais apresentou aumento de preços, impulsionada pela alta demanda e restrição de oferta na Europa Ocidental.

Por fim, o subíndice de Lácteos teve uma média de 126 pontos em maio, com uma alta de 2,3 pontos em relação ao mês anterior. Essa elevação foi atribuída ao aumento da demanda nos setores de varejo e serviços alimentares, além da expectativa de uma produção de leite abaixo dos níveis históricos na Europa Ocidental. Novas demandas pontuais, especialmente de países do Oriente Médio e do Norte da África, também contribuíram para o aumento dos preços.

Dessa forma, o panorama global dos preços de alimentos continua sendo influenciado por diversos fatores, desde condições climáticas desfavoráveis até demandas específicas de determinadas regiões. As projeções para os próximos meses indicam que a volatilidade dos preços deve se manter, exigindo atenção e monitoramento por parte dos agentes do setor.

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