Esses números contrastam com os meses anteriores, como em abril de 2024, quando houve uma saída líquida de R$ 1,1 bilhões, e em meses anteriores como janeiro e fevereiro, também com saídas superando os depósitos. No entanto, em março o resultado foi positivo, com mais R$ 1,3 bilhões em depósitos do que saques.
Em 2022 e 2023, a caderneta de poupança tem sido influenciada pelo alto endividamento da população, refletindo em saídas líquidas significativas. Em 2023, o saldo negativo foi de R$ 87,8 bilhões, enquanto em 2022 foi um recorde de R$ 103,24 bilhões. A manutenção da taxa básica de juros (Selic) em níveis mais altos tem incentivado investimentos em modalidades mais rentáveis, afetando a poupança.
O cenário macroeconômico desafiador, com expectativas de inflação acima da meta, levou o Banco Central a arrefecer os cortes na Selic, mantendo-a em 10,5% ao ano. Em 2021, a retirada líquida da poupança foi de R$ 35,49 bilhões, enquanto em 2020 houve uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, motivada pela instabilidade do mercado no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial.
Com a economia em constante transformação e com as influências de diferentes variáveis, o comportamento da poupança continua a ser um indicador importante do cenário econômico do país, refletindo as escolhas e necessidades dos consumidores em relação a suas aplicações financeiras.