Galípolo também abordou a desinflação no mundo em 2023, destacando o processo inusitado em que o mundo passou por um cenário desinflacionário, enquanto o nível de atividade se manteve resiliente. Ele mencionou a situação dos Estados Unidos, com oscilações nas expectativas desde 2023, ressaltando que o processo de desinflação lento no país tem menor probabilidade de recessão, atribuindo êxito ao Federal Reserve norte-americano.
O diretor do BC ainda analisou a desinflação nos Estados Unidos, associada a serviços e mercado de trabalho, levantando questionamentos sobre a possibilidade de desinflação sem aumento do desemprego. Além disso, Galípolo falou sobre os esforços dos Bancos Centrais desde 2008, ressaltando as tendências inflacionárias e a importância do consumo resiliente das famílias e do aumento da balança comercial para a economia brasileira.
Sobre o Brasil, Galípolo comentou a posição delicada do país em relação à desinflação, com expectativas desancoradas, e ressaltou a importância de elevar a taxa de investimento no país. Ele apontou que, apesar dos desafios impostos pelo mundo, a economia brasileira se encontra em uma posição privilegiada, destacando as vantagens competitivas, como a matriz energética limpa.
Aos alunos da UnB, o diretor procurou transmitir otimismo quanto à condução da política monetária e da economia brasileira, enfatizando a importância dos julgamentos e das decisões tomadas pelo Copom, que estão além dos modelos econômicos tradicionais.