Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,48%, em Frankfurt o DAX recuou 0,52%, em Paris o CAC 40 teve uma queda de 0,48%, em Milão o FTSE MIB cedeu 0,50%, em Madri o Ibex35 teve um recuo de 0,34% e em Lisboa o PSI 20 recuou 1,13%. A decisão do BCE de cortar os juros foi amplamente esperada, no entanto, as atenções se voltaram para o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll.
Os dados do payroll surpreenderam positivamente, com números acima do previsto na geração de vagas e no avanço médio dos salários, o que fez com que a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reduzir juros até setembro recuasse. A chance de um corte nos juros até setembro foi de 67,4% para 52,6% após a divulgação dos dados do payroll.
Além disso, dirigentes do BCE adotaram um tom cauteloso em relação a possíveis novos cortes de juros. A presidente do BCE, Christine Lagarde, e outros dirigentes da instituição destacaram a incerteza em relação à perspectiva da inflação na zona do euro. Adicionalmente, dados macroeconômicos mostraram um crescimento de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no primeiro trimestre de 2024 e uma pequena queda na produção industrial alemã em abril.
Diante desse cenário, o Bank of America se mantém negativo em relação às ações europeias, projetando uma possível queda de 15% para o Stoxx 600 no primeiro trimestre. A expectativa é que a fraqueza do crescimento econômico seja um dos principais fatores a impactar o mercado acionário europeu nos próximos meses.