Bruno, experiente indigenista, havia se licenciado da Funai por discordar das novas orientações da política indigenista e atuava como consultor técnico da Univaja. Em parceria com Dom, planejava entrevistar lideranças indígenas e ribeirinhos para o livro “Como Salvar a Amazônia”. Após desaparecerem no início de junho, seus corpos foram encontrados no dia 15 do mesmo mês, com cinco suspeitos já detidos.
A morte de Bruno e Dom se tornou um marco na luta pelos direitos indígenas e pela preservação ambiental. Desde então, Beatriz tem trabalhado no MPI, concedendo uma nova esperança para a proteção dos povos da região e a reparação às famílias das vítimas.
Em relação aos povos isolados, Beatriz ressaltou a importância do respeito à recusa ao contato, destacando que o Estado brasileiro adotou medidas para proteger suas formas de vida. Com 114 registros de índios isolados na Amazônia Legal, a Funai coordena ações de proteção em 19 terras indígenas habitadas por grupos de contato recente.
Com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas, Beatriz frisou a necessidade de valorizar as culturas indígenas, que contribuem para a preservação da biodiversidade. Apesar dos avanços, os desafios são constantes, principalmente diante da pressão para exploração da Amazônia.
Para Beatriz, é essencial relembrar e valorizar o trabalho de Bruno, Dom e de todos os profissionais que lutam pela proteção do meio ambiente e dos povos indígenas, incentivando a sociedade a conhecer e apoiar essa causa em prol de um futuro sustentável. A luta pela preservação do meio ambiente e pelos direitos indígenas é uma batalha contínua e todos devem se unir nesse propósito.