A denúncia também inclui 13 diretores da empresa acusados de crime de perigo, por expor pacientes a riscos devido ao uso do chamado “kit covid”, composto por medicamentos sem eficácia comprovada no combate à doença. O MP ressaltou que os pacientes foram colocados em perigo devido à prescrição desses medicamentos. Além disso, oito médicos fizeram acordos com o Ministério Público e não foram denunciados, pois teriam sido pressionados pelos diretores da Prevent Senior.
O inquérito para investigar a atuação da empresa durante a pandemia foi iniciado em setembro de 2021 e apurou mortes ocorridas entre março de 2020 e setembro de 2021. Prontuários de pacientes da Prevent Senior em São Paulo foram analisados durante a investigação, juntamente com relatórios elaborados por Comissões Parlamentares de Inquérito. Familiares das vítimas também foram ouvidos.
A empresa, em nota à Agência Brasil, afirmou que não foi informada sobre a denúncia e ressaltou que seus profissionais sempre agiram de forma ética e colaborativa. A Prevent Senior se comprometeu, em outubro de 2021, a não mais distribuir o “kit covid” aos segurados e a não realizar estudos experimentais sobre a terapia da covid-19. O Ministério Público enviou ao Congresso Nacional uma proposta de lei para tipificar o crime de exposição a perigo, argumentando que tal prática ocorreu sem consentimento dos pacientes ou autorização dos órgãos competentes.