Karoline relata ter acordado às 4h durante três anos para estudar, trabalhado em diversos lugares e ter passado em outros concursos antes de ser selecionada para participar do projeto Identidade, que visa promover diversidade racial no Ministério Público Federal. Sua posse como promotora é um marco para a representatividade, sendo a primeira mulher quilombola a ocupar essa posição no Brasil.
A advogada, de origem quilombola, nasceu em São Luís, no Maranhão, e tem familiares que ainda residem em quilombos. Seu pai, remanescente quilombola, sempre a incentivou a buscar seus sonhos e tem orgulho de sua trajetória acadêmica e profissional. Karoline pretende atuar especialmente em questões de saúde e educação, além de colaborar com o quilombo de origem no Maranhão.
Ela ressalta que sua conquista não é apenas individual, mas coletiva, representando todas as mulheres negras e sendo uma realização para a mudança social. Karoline quer continuar atuando como fiscal da lei em questões quilombolas e espera fazer a diferença na vida das pessoas que residem nos quilombos, especialmente as meninas. Sua posse como promotora de Justiça é um marco importante para a diversidade racial e a representatividade no Ministério Público brasileiro.