Barbosa encontra-se em prisão preventiva desde março deste ano, aguardando a decisão do Supremo sobre a aceitação ou não da denúncia apresentada pela PGR. A defesa argumenta que, devido ao papel de Dino na federalização do caso Marielle e à sua relação com a resolução dos assassinatos, o ministro demonstraria interesse no julgamento a favor do órgão acusador.
A defesa preliminar de Rivaldo Barbosa alega que, mesmo não atuando diretamente como autoridade policial, Dino se configurou como um participante chave nas investigações ao determinar a federalização do caso, em fevereiro de 2023. Os advogados sustentam que tal decisão teve um viés político evidente, visto que a resolução dos assassinatos de Marielle e Anderson foi prometida durante a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva.
Até o momento, a defesa não formalizou o pedido de impedimento de Flávio Dino, mas deixou claro que o fará caso seja necessário. Além disso, os advogados solicitaram que o caso seja remetido à Justiça Estadual do Rio de Janeiro, argumentando que o delegado não possui foro especial e questionando a veracidade das informações fornecidas por Ronnie Lessa, executor confesso dos crimes.
Diante das alegações da defesa e da solicitação feita, o caso Marielle e Anderson Gomes continua a gerar polêmica e chamar a atenção da opinião pública. Resta aguardar a decisão do STF em relação ao pedido de impedimento de Flávio Dino e a possível remessa do processo para a Justiça Estadual, o que poderá ter impacto significativo no desenrolar do caso.