Ministro da Fazenda busca apoio do Papa Francisco para taxar os super-ricos e combater desigualdade global em encontro em Roma

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em Roma em busca de apoio para a proposta do Brasil de taxar os super-ricos. Nesta terça-feira (4), ele terá uma importante audiência com o papa Francisco para discutir as medidas apresentadas pelo Brasil, que atualmente lidera o G20, o grupo das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana. Haddad desembarcou na capital italiana na noite de segunda-feira (3) e retornará ao Brasil na quarta-feira (5), chegando em São Paulo na quinta-feira (6).

Além do encontro com o líder religioso, Haddad participará da conferência Enfrentando a Crise da Dívida no Sul Global, organizada pela Universidade de Columbia em conjunto com a Pontifícia Academia de Ciências Sociais ligada ao Vaticano. Na reunião com o papa Francisco, o ministro apresentará os avanços da presidência brasileira do G20, destacando a proposta de taxação de grandes fortunas, as medidas contra a crise climática e a crise da dívida nos países do sul global.

A taxação de até 2% dos rendimentos das maiores fortunas do mundo é vista como uma oportunidade para reduzir a desigualdade social e combater os efeitos das mudanças climáticas. Haddad afirmou recentemente que a proposta está ganhando adesão de vários países e pode se tornar uma recomendação das reformas propostas pela OCDE. Além disso, o ministro terá uma reunião bilateral com o ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, para debater oportunidades de cooperação em áreas de interesse mútuo.

Na conferência sobre a crise da dívida em países pobres, Haddad destacará o compromisso do Brasil em buscar soluções para os desafios econômicos enfrentados por nações em desenvolvimento. Segundo dados do FMI e da ONU, muitos países em desenvolvimento estão enfrentando sérias dificuldades para pagar suas dívidas, o que tem impactos diretos em áreas como saúde e educação. A pandemia de covid-19 agravou ainda mais essa situação, tornando urgente a necessidade de ações coordenadas para enfrentar a crise econômica global.

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