De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o período de janeiro a março foi marcado pela resiliência do consumo e dos serviços, que influenciaram positivamente a renda da população. Além disso, os pagamentos de precatórios pelo governo federal contribuíram para injetar mais dinheiro na economia, totalizando R$ 131 bilhões, o que representa cerca de 1,1% do PIB.
Uma das razões apontadas para o dinamismo da economia nesse período foi a manutenção do mercado de trabalho aquecido, com a criação de mais de 730 mil novas vagas de emprego formal nos três primeiros meses do ano, um número significativamente superior às 520,3 mil vagas criadas no mesmo período de 2023.
A elevação do salário mínimo e seu impacto direto nos benefícios sociais, incluindo os previdenciários, também colaboraram para o aumento da massa salarial em termos reais, que cresceu 10,4% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Além disso, a retomada da produção de bens de capital na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e o crescimento da indústria de transformação em 0,7% foram outros fatores positivos que impulsionaram o crescimento econômico. No entanto, a Fiesp ressaltou que a indústria poderia ter apresentado um desempenho ainda melhor caso a redução dos juros pelo Banco Central fosse mais intensa.
Diante desse cenário, a entidade alertou para os potenciais impactos negativos dos juros elevados em setores mais sensíveis, que poderiam ter sua recuperação prejudicada. Portanto, a redução dos juros ainda é vista como um fator crucial para impulsionar a retomada plena da economia brasileira nos próximos meses.