O evento contou com a participação de diversos especialistas renomados na área, entre eles a professora Lucie Sauvé, da Universidade de Quebec, no Canadá. Em sua participação por videoconferência, Sauvé enfatizou que a Educação Ambiental não deve ser apenas uma disciplina isolada, mas sim uma dimensão transversal em todos os níveis de ensino, fundamental para a formação de cidadãos conscientes.
Outra voz importante no evento foi a escritora e socióloga Moema Viezzer, que defendeu que a Educação Ambiental precisa ser um processo contínuo de aprendizagem presente no dia a dia de todas as pessoas, individual e coletivamente. Segundo ela, a Educação Ambiental é um direito de todos e sua importância não pode ser subestimada.
Além disso, o professor Luiz Marcelo de Carvalho, da Unesp, fez um balanço das pesquisas e estudos acadêmicos na área, destacando a consolidação da comunidade acadêmica ligada à Educação Ambiental no Brasil e em outros países. Já o educador Vilmar Alves Pereira apresentou um panorama da situação da Educação Ambiental na América Latina, apontando que em muitos países da região o tema é liderado pelos Ministérios do Meio Ambiente, diferentemente do Brasil, onde é uma responsabilidade compartilhada entre o MMA e o MEC.
O debate, mediado pela professora Rita Silvana Santana dos Santos, do MEC, fez parte das atividades da campanha Junho Verde, promovida pelas comissões de Meio Ambiente e de Educação do Senado. O evento contou ainda com a participação de representantes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, que apresentaram um histórico das políticas públicas nacionais de Educação Ambiental, destacando iniciativas como o Projeto Salas Verdes do MMA. Fica claro que a Educação Ambiental é um tema estratégico e fundamental para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.