Senador critica proposta de legalização de cassinos e bingos, alertando para impactos negativos no Brasil e privilegiando investidores estrangeiros

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas em seu pronunciamento nesta segunda-feira (3) contra o projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos. Segundo ele, essas práticas não contribuem para a geração de emprego, renda ou benefícios para o turismo, e ainda podem aumentar os índices de criminalidade, como ocorreu em países onde os jogos foram liberados.

O PL 2.234/2022, em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e que seria votado nesta quarta-feira (5), prevê a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos de lazer, como hotéis de alto padrão com estrutura completa para entretenimento. No entanto, Girão alertou que a proposta pode beneficiar principalmente investidores estrangeiros, deixando os custos sociais a serem arcados pela população brasileira.

Segundo o senador, a liberação dos jogos de azar no Brasil seria um verdadeiro desastre, priorizando lucros de grandes empresários em detrimento do bem-estar da sociedade. Ele fez questão de relembrar os escândalos e casos de corrupção que ocorreram durante o período em que os bingos estavam em operação no país, citando inclusive o decreto assinado pelo ex-presidente Lula para proibir tais atividades devido aos impactos negativos.

Girão contou ainda sobre uma experiência pessoal em um cassino, onde presenciou uma senhora utilizando fraldas com medo de perder seu lugar em uma máquina de caça-níqueis. Ele destacou a maneira como esses locais são projetados para atrair e prender a atenção dos jogadores, criando uma verdadeira armadilha psicológica.

Diante de todas essas argumentações, o senador se posicionou firmemente contra a aprovação do projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil, alertando para os possíveis impactos negativos que essa medida poderia trazer para o país. É importante estar atento às discussões em torno desse tema, que envolve não apenas questões econômicas, mas também sociais e de segurança pública.

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